Municípios de São Paulo seguem descartando lixo de forma irregular, aponta TCE-SP

 



Radiografia da notícia

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída há quase 13 anos

Problemas como falta de licença válida de operação da Cetesb, presença de animais, de catadores informais e de moradias no entorno

Em 10%, não há coleta específica para o lixo gerado pelos serviços de saúde e mais de 40% não incineram esse material

Luís Alberto Alves/Hourpress

De 267 cidades da Região Metropolitana, do litoral e do interior paulista, mais da metade (53,18%) ainda mantém pontos de descarte irregular de lixo, constatou o Tribunal de Constas do Estado de São Paulo (TCE-SP), depois de uma fiscalização realizada no final do mês de junho, que vistoriou aspectos relacionados a resíduos sólidos urbanos, de saúde, da construção civil e também de serviços de tratamento de água e esgoto.


A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituída há quase 13 anos e, apesar da obrigatoriedade por lei, muitas prefeituras ainda não estão cumprindo adequadamente suas determinações. De acordo com o levantamento do TCE-SP, das cidades fiscalizadas, a coleta seletiva não foi regulamentada em aproximadamente 40% delas. Em 10%, não há coleta específica para o lixo gerado pelos serviços de saúde e mais de 40% não incineram esse material.


Problemas como falta de licença válida de operação da Cetesb, presença de animais, de catadores informais e de moradias no entorno, além da existência de chorume, também foram observados em mais de 60% dos aterros sanitários operados por estas cidades fiscalizadas. Por fim, 41% delas também não reutilizam, reciclam ou encaminham resíduos da construção civil para áreas apropriadas e devidamente licenciadas.
 

Para o presidente da Apecs (Associação Paulista de Empresas de Consultoria e Serviços em Saneamento e Meio Ambiente), Ricardo Lazzari Mendes, o Novo Marco Legal do Saneamento oferece novas possibilidades aos municípios. “O novo marco traz ferramentas para que os municípios estabeleçam consórcios e coloquem um fim aos lixões que ainda resistem de Norte a Sul do país. Apesar da obrigatoriedade da cobrança pelo serviço, a maioria dos municípios não adotou a medida”

 

BOM EXEMPLO – Uma das principais economias do estado de São Paulo é referência no tratamento e destinação correta de resíduos sólidos. Em Jundiaí, entre outras iniciativas, 100% do lixo gerado pela construção civil é reciclado e reaproveitado na pavimentação de estradas rurais, insumo para obras na cidade e até mesmo na fabricação de artefatos de concreto ecológico.
 

Com um sistema de coleta seletiva que contempla toda a cidade, de acordo com dados da Unidade de Gestão de Infraestrutura e Serviços Públicos divulgados recentemente pela prefeitura, até maio deste ano foi registrado um aumento de 9,2% de resíduos coletados para reciclagem, em comparação com o mesmo período do ano passado. Um total de 2.860 toneladas.


“Temos enorme preocupação com o meio ambiente e nos esforçamos em buscar formas de reduzir o impacto ambiental. Portanto, iniciativas como estas são fundamentais para o nosso bem-estar a longo prazo. Jundiaí é a Cidade das Crianças e construir um mundo melhor para eles é o nosso dever para os dias de hoje”, finalizou o prefeito Luiz Fernando Machado.


#Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue #RAS (Rede Ambiental Sindical)

Contaminação pode estar presente num copo de água

 Pixabay


Radiografia da notícia

* Tudo transmitido por bactérias que estavam escondidas num copo de água ou mesmo garrafa plástica

* Para as crianças, estes tipos de doenças podem provocar a morte

* Nem sempre o gosto ruim, odor ou cor diferente são sempre sinais de contaminação

Luís Alberto Alves/Hourpress

A maioria das pessoas não conhece os estragos que a água #contaminada ou não tratada pode provocar. Para complicar a situação, os sérios problemas na #saúde não aparecem rápido e com o passar do #tempo vai causando muitos danos ao corpo.

Os sinais de que algo não está correto com a #saúde, depois de beber este tipo de #água, se manifestam através de doenças como diarreia, febre tifoide, #hepatite A, leptospirose, além de #infecções no intestino. Tudo transmitido por bactérias que estavam escondidas num copo de água ou mesmo garrafa plástica, principalmente destas vendidas nas ruas.

Para as #crianças, estes tipos de doenças podem provocar a morte, porque alguns micro-organismos conseguem se desenvolver na #água e por causa da intensidade de #poluição, e até mesmo fontes de águas bem limpas, podem alojar determinado tipo de bactéria ou vírus.

Absorção

Nem sempre o gosto ruim, odor ou cor diferente são sempre sinais de #contaminação. A bactéria fica oculta num copo de água, que aparentemente está limpo. Geralmente, os sedimentos é o tipo de poluição mais comum neste tipo de recipiente. Eles são provenientes de produtos #químicos insolúveis, responsáveis pela absorção e concentração de poluentes biológicos e químicos, para prejudicar a nossa #saúde.

Outro grave problema é a #poluição biológica, por causa dos detritos orgânicos lançados por meio de #esgotos domésticos e industriais. Eles são direcionados em locais onde se capta a água, se infiltram na terra, atingindo os lençóis freáticos. Este tipo de material está cheio de bactérias, vírus e micro-organismos dos resíduos de #fezes que vieram do #esgoto doméstico, provocando inclusive cólera e amebíase.

Outro tipo grave de #contaminação é a provocada por produtos químicos, com as indústrias despejados os resíduos em rios, lagos ou rede de #esgoto, sem nenhum tipo de tratamento. É perigosa, porque os efeitos são cumulativos e demoram anos para a pessoa sentir os primeiros sintomas, além da dificuldade de descontaminação.

#Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue #RAS (Rede Ambiental Sindical)

 

Efeitos psicológicos das mudanças climáticas e comportamentos pró-sustentabilidade ambiental

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A medida do comportamento ambiental pode variar dependendo do nível em que é avaliada

Radiografia da notícia

XI Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica reúne estudiosos no CEUB para compreender as relações humanas com o meio ambiente

A influência do ambiente e das circunstâncias individuais no comportamento sustentável pode mudar o modo de enxergar o ser humano

* Casos de "Eco-ansiedade": medo crônico de desastres climáticos e/ou respostas à piora das condições climáticas

Luís Alberto Alves/Hourpress

Embora os problemas ambientais sejam objeto de preocupação e investigação, as questões comportamentais relacionadas ao meio ambiente ainda são pouco exploradas. Analisar os fatores que influenciam o comportamento humano em relação ao meio ambiente. Esse foi o tema central da mesa-redonda "Avaliação da relação pessoa-ambiente", dentro da programação do XI Congresso Brasileiro de Avaliação Psicológica. Coordenado pela professora de Psicologia do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Ligia Abreu, o encontro, sediado na instituição, reuniu estudantes e profissionais de psicologia.

 Especialista em Psicologia Ambiental, Lígia Abreu afirma que o debate se dá em resposta ao chamado da psicologia, para se comprometer com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Segundo Lígia, para avaliar o comportamento PRÓ-ambiental, deve-se pensar, tanto em medidas macro, como a Escala de Responsabilidade Ambiental Corporativa; como micro, por exemplo, a escala de comportamento ecológico, além do público-alvo. "Estas são ferramentas de avaliação psicológica utilizadas para entender e mitigar as mudanças climáticas, promovendo a adaptação da sociedade às transformações climáticas e planejando melhores ambientes urbanos em busca de qualidade de vida e sustentabilidade", ressaltou.

 A docente do CEUB afirma que a literatura especializada oferece diversas escalas de medida para avaliar esses comportamentos, porém, ainda há necessidade de resultados mais precisos e tudo isso depende de um amplo contexto. Dentre os comportamentos que podem ser investigados, o psicólogo Carlos Manoel Rodrigues , também docente do curso de Psicologia do CEUB, menciona casos de "Eco-ansiedade": medo crônico de desastres climáticos e/ou respostas à piora das condições climáticas. Há a necessidade de melhor definição de pesquisas sobre temas climáticos. 

Acordo

"A medida do comportamento ambiental pode variar dependendo do nível em que é avaliada. Podemos medir comportamentos individuais ou de grupos e instituições, como empresas ou escolas. É importante adaptar as escalas de acordo com o objetivo da pesquisa ou intervenção", afirmou a psicóloga.

 A influência do ambiente e das circunstâncias individuais no comportamento sustentável pode mudar o modo de enxergar o ser humano inserido nas causas ambientais. "Para avaliar esses diferentes contextos, é necessário verificar a validade das escalas de comportamento ecológico e aplicar para diferentes faixas etárias e grupos sociais, ressaltando a importância de torná-las acessíveis e de fácil leitura", destaca a docente do CEUB.

 Ligia destaca a realização do Congresso como parte do compromisso da psicologia em atender aos desafios globais apresentados pelos ODS da ONU: "Com a aplicação de ferramentas de avaliação psicológica, espera-se promover a adaptação da sociedade às mudanças climáticas, planejar ambientes urbanos mais sustentáveis e promover a qualidade de vida das pessoas".

#Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue #RAS (Rede Ambiental Sindical)

 

BNDES bloqueia R$ 62 milhões em crédito em imóveis com indícios de desmatamento

 

EBC
O proprietário tem o direito de contestar o bloqueio e apresentar documento que comprove a regularidade da remoção da vegetação 

Radiografia da notícia

Desde fevereiro, só podem ser aprovados financiamentos de crédito rural pelo banco destinados a imóveis onde não sejam identificados indícios de desmatamento ilegal

A plataforma MapBiomas é capaz de validar alertas de desmatamento por meio de imagens

As operações somam R$ 62,5 milhões em 17 estados

Luís Alberto Alves/Hourpress

Desde a entrada em vigor da parceria do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) com o MapBiomas, em 9 de fevereiro, até 30 de junho de 2023, as informações geradas pela plataforma serviram como base para o BNDES bloquear 182 solicitações de crédito em imóveis rurais com indício de desmatamento, o que corresponde a 0,9% do total de solicitações de contratações no período. As operações somam R$ 62,5 milhões em 17 estados.

 

A plataforma MapBiomas é capaz de validar alertas de desmatamento por meio de imagens de alta resolução e produzir laudos de constatação de desmatamentos recentes. A integração totalmente automatizada dos dados do MapBiomas com a plataforma operacional do BNDES permite ao banco, inclusive, monitorar operações já contratadas, cujas propriedades rurais estão registradas no Sistema Nacional de Cadastro Ambiental Rural (SICAR) do Ministério da Agricultura e Pecuária.
 

Regra - Desde fevereiro, só podem ser aprovados financiamentos de crédito rural destinados a imóveis onde não sejam identificados indícios de desmatamento ilegal. O proprietário tem o direito de contestar o bloqueio e apresentar documento que comprove a regularidade da remoção da vegetação se sua propriedade para a obtenção do empréstimo.
 

Os empréstimos do BNDES a produtores rurais atendem 92% dos munícipios do país, por meio de uma rede parceira de 76 instituições financeiras.
 

Nesse primeiro semestre de 2023, o BNDES já financiou R$ 11,5 bilhões para a agricultura e assegurou outros R$ 38,5 bilhões até o final do ano, totalizando R$ 50 bilhões. Esse valor é mais do que o dobro do que foi realizado em todo o ano passado, fortalecendo tanto o Plano Safra para os grandes produtores quanto o Agricultura Familiar para os pequenos produtores.


#Luís Alberto Alves, jornalista e editor do blogue #RAS (Rede Ambiental Sindical)


 

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