Até 1840, o Brasil desconhecia a palavra saneamento básico

    EBC

Até 1840, época do Brasil Império, o país desconhecia a palavra saneamento básico

Radiografia da notícia

* Os cuidados com a higiene não acompanharam o crescimento da população e progresso econômico dessas localidades

* Na época do Brasil ainda recém-colonizado, construía banheiros nos fundos de suas casas e os despejos deste esgoto eram recolhidos em barris

Somente, 340 anos após a colonização do Brasil, em 1840, que o País teve a primeira empresa para explorar os serviços de duas de pipas de água

Luís Alberto Alves/Hourpress

No Brasil Império, infelizmente, a história do saneamento básico se confunde com a formação das cidades, quando o abastecimento de água era realizado por meio de coleta em bicas e fontes, quando esses municípios estavam em processo de formação. Saneamento era resumido a drenagem dos terrenos e instalação de chafarizes em algumas cidades.

Por causa disto, os cuidados com a higiene não acompanharam o crescimento da população e progresso econômico dessas localidades. O curioso nesta história é que as comunidades indígenas, há 400 anos, tinham preocupação com a higiene pessoal. A água para o consumo nas aldeias era armazenada em talhas de barro e argila ou caçambas de pedra. Os índios delimitavam áreas utilizadas para as necessidades fisiológicas da tribo e para disposição de detritos.

Já o homem branco, na época do Brasil ainda recém-colonizado, construía banheiros nos fundos de suas casas e os despejos deste esgoto eram recolhidos em barris. Ao ficar cheios, depois de diversos dias de utilização, com forte mau cheiro e fonte de transmissão de doenças, eram transportados pelos escravos e despejados em áreas afastadas da cidade ou na beira do mar, em regiões de praias.

Água

Nesta época, os escravos transportavam água dos chafarizes públicos até as casas dos senhores de engenho. Somente, 340 anos após a colonização do Brasil, em 1840, que o País teve a primeira empresa para explorar os serviços de duas de pipas de água, transportadas por uma frota de carroças de duas rodas, puxadas por burros. O crescimento econômico das cidades forçou o governo a fazer melhorias nos sistemas de abastecimento de água.

A falta de saneamento básico provoca aproximadamente 1 milhão de mortes anualmente em todo o mundo, vítimas de doenças relacionadas com o contato direto com fezes humanas ou esgoto a céu aberto. A falta de saneamento no Brasil, segundo o Atlas do Saneamento do IBGE, respondeu pela morte entre 2008 e 2019 no País, com uma média de 11,2 mil ao ano.

Assista o meu vídeo no Kwai sobre a cultura inútil chamada meio ambiente: https://kwai-video.com/p/rCczw6bZ

#Luís Alberto Alves, jornalista, editor do Blogue #RAS (Rede Ambiental Sindical)


Comer na rua é prato cheio para contaminação por bactéria

    Hourpress

Comer na rua pode sair caro para a saúde do trabalhador

Radiografia da notícia

·      

Alimentos, caso sejam manipulados em locais sem higiene adequada, serão contaminados por bactérias

·      *A armazenagem de verduras e legumes frescos ou cozinhados em temperaturas não adequadas

·        Alimentos contaminados pela toxina Staphylococcus aureus causam inflamação da mucosa gastrointestinal

Luís Alberto Alves/Hourpress

O #meio #ambiente anda de mãos dadas com a #saúde pública. É comum no horário de almoço, alguns trabalhadores fazerem as suas refeições na rua. Por causa do #preço alto cobrado em bares e restaurantes, escolhem comer em barracas que funcionam nas esquinas, servindo #“quentinhas” de valor baixo. É quando o barato sai caro.

#Alimentos, caso sejam manipulados em locais sem #higiene adequada, serão contaminados por bactérias, uma delas é a famosa #Salmonella, que provoca náuseas, vômitos, dores abdominais, diarreia, dores musculares e dor de cabeça, além de febre acima de 38ºC. Ela é encontrada em #carne de galinha, vaca e porcos, quando mau cozida; #leite, ovos e queijo, ou quando guardada em temperatura muito #quente, provocando o surgimento desta #bactéria.

A armazenagem de verduras e legumes frescos ou cozinhados em temperaturas não adequadas é a porta de entrada para a #bactéria Bacillus cereus, que também provoca náuseas, diarreia, vômitos intensos e cansaço intenso, até 16 horas após o trabalhador ter feito a #refeição. A contaminação ocorre no consumo de leite não pasteurizado, carne crua.

Salada

Não fica de fora desta lista, a infecção por Escherichia coli, cuja #bactéria provoca dor abdominal intensa, sangue na urina e diarreia liquida seguida de fezes com sangue, 5 a 48 hora após o consumo do #alimento contaminado, geralmente mal cozido, como #carne mal passada ou salada preparada com falta de higiene.

Alimentos contaminados pela toxina Staphylococcus aureus causam inflamação da mucosa gastrointestinal e provoca sintomas, poucas horas aós o consumo do #alimento, como #vômitos, diarreia e #náuseas. Ela pode ser encontrada em presunto e salsichas, pois são alimentos com grande quantidade sódio, que ajuda na proliferação dessa #bactéria neste tipo de alimento. Quem gosta de comer “churrasquinho” assado nas ruas, é sério candidato a este tipo de bactéria.

Outra #bactéria que provoca estrago no organismo humano é Toxoplasma gondii. O primeiro sinal que ela provoca é #febre, dor muscular, cansaço excessivo, #dor de cabeça e dor de garganta. É a doença chamada de Toxoplasmose. A contaminação ocorre quando o trabalhador come carne crua, mal cozida ou suja com essa bactéria. Para não perder o dia de trabalho, o aconselhável é procurar ajuda médica rapidamente, quando passar a sentir que não esteja bem.

#Luís Alberto Alves, jornalista, editor do blogue #RAS (Rede Ambiental Sindical)

 


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